Este Natal, a associação portuguesa Hope4Moza, que apadrinha também crianças em Moçambique, levou a cabo uma campanha fantástica de angariação de fundos para a compra de colchões para os nosso meninos dos centros de Marracuene e da Beira.
A maioria dos moçambicanos dorme a vida toda em esteiras pois um colchão é um "luxo" para o qual não têm dinheiro.
A partir de agora 100 dos nossos meninos já vão ter sonhos muito melhores. Muito obrigada Hope4Moza por esta iniciativa fantástica.
Em breve irei tentar promover uma iniciativa semelhante para conseguirmos comprar colchões para os meninos que faltam.
Espero que se encontrem todos bem de saúde bem como as respetivas famílias.
Por Moçambique felizmente a situação não está tão grave como cá ou restante Europa e ainda nem tivemos nenhum dos nossos meninos infetados com Covid.
Entretanto as aulas presenciais já recomeçaram para os jovens que estão no 10 º ano, 12º ano e algumas universidades. Os restantes continuam com aulas à distância, o que em Moçambique a meu ver é um ano perdido. Mas as passagens de ano estão garantidas... enfim... vamos ver se o próximo ano que começa em Fevereiro, correrá melhor.
Como o governo ainda não nos autorizou a abertura do centro da Beira, temos distribuído cabazes alimentares às famílias das crianças.
As obras no centro continuam a avançar e entretanto os meninos receberam roupas novas e usadas oferecidas pelo Instituto Nacional de Gestão de Calamidades.
Partilho convosco a alegria de alguns dos meninos que receberam os computadores portáteis. A Catarina levou-os na sua visita aos Centros. Os que aqui partilhamos foram no Centro do Alto do Manga.
O nosso muito obrigado aos que puderam contribuir com este equipamento que vai permitir que possam ter uma educação mais avançada.
Helton, Santos e Zinha
O nosso pedido mantém-se, os computadores são hoje fundamentais para a formação de todos, por isso sempre que tiver um que não precise lembre-se destes meninos.
Apresento-vos as fotos da entrega do material escolar aos meninos das escolas primária, secundária, de enfermagem e comercial e industrial para partilhar convosco a alegria de terem coisas novas para irem para a escola.
Os meninos que concorreram para o instituto comercial industrial ainda não receberam porque estão aguardar pela saída dos resultados de exame de admissão.
Vo Adélia
Apesar da alegria, não podemos deixar de reiterar o nosso pedido para os mais crescidos terem um computador. A verdade é que temos cada vez mais meninos a entrar para a universidade ou para cursos médios e que sentem imensa falta de ter um computador.
As universidades não se compadecem com as carências dos seus estudantes e exigem "material" que está longe de ser acessível aos nosso miúdos. Por isso, vimos mais uma vez pedir a todos que vejam aí por casa se têm algum portátil que já não usem - mas que esteja em bom estado - que possam dar a um dos nossos miúdos.
Da minha visita a Moçambique, gostaria também de focar os temas seguintes:
Encomendas:
Infelizmente a equipa em Moçambique (tanto em Maputo como na Cidade da Beira) ainda não conseguiu resolver o problema das taxas alfandegárias e ainda agora tive que pagar perto de 200 euros para levantamento de meia dúzia de encomendas.
Eu sei que muitos padrinhos gostam de enviar presentes em vez de dinheiro para que estes sejam comprados, mas fica muito caro tanto o envio como o levantamento das encomendas.
Festas de anos:
Estamos a ter alguns problemas com as festas de anos dos meninos. Há padrinhos que enviam dinheiro para estas, outros não. Claro que todos percebemos que alguns padrinhos têm disponibilidade para isso, outros não. Todos percebemos menos as crianças que como crianças que são, não compreendem porque é que uns meninos têm festas de anos com bolo, sumos etc.... e elas não.
A equipa em Moçambique é apologista de se deixar de fazer festas de anos para todos, de forma a que uns não se sintam desprezados, eu na minha opinião pessoal, acho que é uma pena privar alguns por causa de outros.
Concluindo: quem puder contribuir com mais uns 30/40 euros para a festinha do seu afilhado, uma vez por ano, vai fazer uma criança muito feliz. Quem não puder, pode enviar pelo menos uma carta, uma foto sua?
Cartas e fotos:
Nunca é demais voltar a salientar a importância que tem para estes miúdos receberem cartas e fotos dos padrinhos. Todos eles vêm de familias completamentes destruturadas, sem pais, sem mãe, muitos deles desde a nascença. Muitos deles sofreram maus tratos, vivem em condições da mais completa miséria sem espaço para amor ou carinho.
A falta de afecto é imensa e os padrinhos são muitas vezes o seu único "porto de abrigo". Estão sequiosos de saber noticias, umas linhas escritas numa carta, uma foto.
Fizeram-me tantas e tantas perguntas sobre todos vós... perguntas que não sei responder, respostas que estive quase a inventar para que aqueles miudos ficassem mais felizes.
Eu sei que todos temos uma vida complicada, cheia de afazeres profissionais, familiares e que o tempo não estica, mas quem tiver um tempinho livre e puder enviar de vez em quando uma carta, uma foto, ao seu afilhado vai fazer um miúdo muito feliz. Eles precisam de ir à escola, de comer, de roupa, mas precisam também tanto de carinho....
Aqui vão as fotos de alguns dos meninos da Praia Nova. A Catarina, na sua viagem, tentou estar com todos mas por uma razão ou outra, houve alguns (muito poucos) que não conseguiu ver. Estão muiito crescidos, giros, espertos e muitos querem continuar a estudar e ir para a faculdade o que me enche de orgulho.
Infelizmente a faculdade pública em Moçambique, segundo o que lhe foi dito, tem as vagas reservadas para quem é a da Frelimo...
Todos os afilhados que já ingressaram na faculdade até agora, só conseguiram na privada, cujas mensalidades vão de 40 a 100 euros por mês. Não vai ser fácil conseguirmos suportar este encargo acrescido, por isso todo o apoio que nos possam dar neste sentido, agradecemos imenso.
Alguns padrinhos também irão ser contactados porque o seu afilhado desistiu. Estão a crescer e alguns não querem continuar a estudar. A Praia Nova é um bairro muito complicado, com muita miséria. Tentamos motivá-los ao máximo para que percebam os beneficios da instrução, mas a verdade é que muitos vêm de meios familiares tão complicados e com tantas carências que não é fácil.
Bjs
Catarina
Adélia Juca Admira Julião Aina Ossifo
Albano Alcides Alfredo Carlitos Ali Amisse
Alima Bernardo Alima Gimo Alima Pinto
Amélia Lucas Amélia Zacarias Ancha Martins
Angelo Haye António Tomé Baunete Virgilio
Carlitos Rafael Carlos Oliveira Momade Carlos Varela
Cátia Alberto Catija Armando Chadum Lourenço
Djao Ngucha Djissa Egidio
Elidio Fabião Estevão Raimundo Estevene Belito
Eugénia Manchega Ezelca Costume Filipe Mundochica
Filomena Leopardo Flora Virgilio Frank Armindo
Gabriel Vilanculos Guido Janeiro Guilherme África
Helena Castigo Helena Zambique Hermenegildo
Hortencio Carlos Hortencio Orlando Ibrahim Herculano
Inês Domingos Jamila Pinto Jequecene
Joana Mário João Filipe José Zito
Josefa António Latifa Laurinda Eusébio
Leonora Casimiro Letícia Nhamune Lina Fernando
Lúcia Bernardino Luís Zambique Luísa Fiose
Luísa Zito Macainde Madina
Mafalda Martins Maria Chicote Mauricio Martins
Miguelito Lemos Moniz Costume Mussa Mussa
Nádia Alberto Nilda Nhamune Nito Orlando
Nora Costume Omar Bernardo Paulo Nhungo
Pereira Herculano Portugal Tonito Portugal Rachide Alberto
É com uma grande alegria que vos dou a noticia que no último fim de semana arrancou a construção do muro do novo Centro da Praia Nova.
Depois de um mês de intenso trabalho na Beira, a nossa querida Madalena Caiado do grupo de voluntários Terra a Terra, conseguiu não só a renovação da licença de utlização do terreno - que já tinha caducado dada a falta de uso do mesmo -, fazer o aterro e encontrou uma empresa que fizesse o muro - provalmente a um preço simbólico, pois ofereceu-nos os tijolos, fica a faltar a mão de obra, máquinas, etc.
Este benemérito que se dispôs a ajudar o nosso projecto é o Srº João Vaz da Rocha, português radicado há mutos anos em Moçambique.
Segundo o previsto, o muro está completo em três semanas. Depois será altura de avançar com a obra de construção das salas.
Um esforço que teremos que fazer e que peço desde já a vossa ajuda. Temos que conseguir reunir o máximo de apoios. Somos muitos e cada um de nós de certeza que tem algum contacto - familiar, amigo - numa empresa. Se cada um me der um dos seus contactos com quem eu possa falar para pedir um donativo seria fantástico.
Passamos recibo e as doações estão ao abrigo da Lei do Mecenato.
O terreno para o novo Centro da Praia Nova já está vedado e com o aterro feito. A nossa querida Madalena do "Terra à Terra" tem sido incansável e lá conseguiu.
O projecto global para o Centro também foi aprovado pelo Municipio, o que equivale ao nosso licenciamento. Estamos no bom caminho e desejosos de começar a ver a estrutura a crescer.
Em nome de todos as crianças do Centro da Praia Nova, muito obrigada Madalena, finalmente estamos a ver uma luz ao fundo do túnel.
Aqui vão algumas fotos do aterro, da inauguração do terreno (com musica, discuros e doces para todos).
Foram dias cheios. Fora dias muito bons.
A Madalena está quase de volta a Portugal para que cá consigamos reunir o que nos falta para prosseguir em frente.
Este projeto começou em Novembro de 2002, depois de ter estado dois meses a trabalhar como voluntária na Cidade da Beira, em Moçambique, junto de crianças extremamente carenciadas. A vontade de fazer algo mais e com uma maior continuidade, levou a que surgisse a ideia de montar um semi-internato no Alto da Manga, um bairro localizado no mato, acerca de quinze quilómetros da Cidade da Beira.
Comecei por pedir a ajuda de um padre e de uma freira locais, que se responsabilizaram desde logo pela gestão do projeto no terreno, e iniciei então a seleção de dez crianças oriundas de famílias bastante desfavorecidas.
O projeto começou com 10 crianças e 10 padrinhos. Atualmente são 600 e o esforço que tem sido feito tem levado a que muitos destes meninos tenham capacidade para entrar no mercado de trabalho.
Catarina Serra Lopes
padrinhosdeportugal@gmail.com
Com 40€ mensais pode pagar as despesas de saúde, uma refeição diária, livros, cadernos, lápis, canetas, matrícula, propinas e farda, a uma criança de Moçambique que dificilmente o poderá fazer sem a sua dádiva.
De forma a potenciar a Associação e a encetar novos projetos, complementares ao apoio às crianças, os Padrinhos de Portugal aceitam contribuições esporádicas de empresas e particulares, sem ser necessário um apadrinhamento permanente. Para efeitos fiscais é passado um recibo ao abrigo da lei do mecenato
Contribua através:
NIB - Número de Identificação Bancária 0010 0000 42292330001 85
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